terça-feira, 26 de julho de 2011

A manhã ama por meio de raios de luz. Em um relance, ilumina o leito alheio e propaga calor como doces beijos infantis. A luz impaciente faz também com que todo o resto das lembranças de manhãs anteriores desapareçam, a luz se despede da nostalgia. Nostalgia que persegue apenas aquela que ainda está adormecida. Esta, que temendo a manhã, prefere não abrir os olhos. Tenta inutilmente permanecer na noite. Seu desejo era correr na escuridão, só pela voz dele, só por um raro carinho. Não é natural, mas ela queria se distanciar daquela luz. Ela queria correr para a escuridão, mergulhar nela e ser feliz.

Ali, ela sonhava com o escuro. Sua consciência, no entanto, a despertou de imediato. O que estava pensando?

O retrato na cabeçeira era iluminado pela luz do sol, ela olhou-o por um longo tempo. Pássaros cantavam lá fora, o céu estava adoravelmente azul.

Não, ela não estava pronta para desistir da manhã.
(Ainda)

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